quinta-feira, 11 de março de 2010

Centro Cultural do Mindelo, um orgulho da nossa cultura

O governo de Cabo Verde premiou o Centro Cultural do Mindelo com o primeiro grau de Medalha de Mérito Cultural, no passado dia 8 de Março do corrente ano. Segundo o primeiro-ministro José Maria Neves, o que motivou tal distinção é o indiscutível “dinamismo e promoção culturais” intrínseco deste centro cultural.
Este Centro Cultural do Mindelo promove o domínio das artes e outros produtos culturais característicos da ilha de São Vicente. Contudo, há que elogiar o trabalho interessante do mesmo, pois o país necessita de outros centros culturais espalhados por todas as ilhas, não esquecendo que cada uma das ilhas produz manifestações culturais típicas de cada região.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ensino da música tradicional cabo-verdiana é necessário

A tal oficina de música que ocorreu no passado dia 15 do mês anterior, na escola de Ribeirinha em São Vicente e ministrado por Miquinha Maurício foi um exemplo a seguir. Esperemos que o mesmo possa vir a ser um alicerce para aquilo que Cabo Verde tanto precisa, isto é, de escolas de música tradicional no país.

Hoje em dia, a maior parte dos novos talentos da música cabo-verdiana optam por não fugir à regra – “imergir” na onda zouk para poderem ter sucesso, apesar de apreciarem e gostarem de interpretar a música tradicional cabo-verdiana. Neste sentido, o mistério da cultura e da educação devem despertar e apostar na edificação de algumas escolas, ou então, promover oficinas de música nas mesmas com o intuito de estimular o interesse dos mais novos pela música tradicional, descobrindo novos talentos emergentes e obviamente contribuir para a preservação das nossas tradições.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Zouk/Kizomba é música cabo-verdiana?


Este género musical moderno dos dias de hoje teve a sua origem nas Antilhas. Foi, no entanto, precisamente na década de 70 que os artistas cabo-verdianos da geração anterior à mais recente, que importaram e passaram a fazer músicas, incorporando o zouk. O primeiro grupo a dar o “pontapé de saída” neste domínio fora os Livity, com o tema rosinha, que fez bastante sucesso, fazendo com que este grupo tornasse um dos expoentes máximos da música cabo-verdiana. Rosinha despertou talentos nuns e catapultou outros para carreiras de sucesso na música. Integram-se nesta lista artistas e bandas como: Nando da Cruz, Gil Semedo, Heavy H, Os Cabo Verde Show, Ru Last One, Philippe Monteiro e muitos outros.

Ainda hoje, muitos consideram que este estilo ou género musical importado por artistas cabo-verdianos não se trata de música cabo-verdiana. Todavia, estes esquecem-se do facto do mesmo ser cantado em crioulo e de não ter uma roupagem tipicamente inerente ao zouk, (não é por acaso que existe o cabo-zouk). Por outro lado, qualquer produto importado passa a pertencer ao importador, apesar de a sua concepção estar associado a outrem. Por conseguinte, nunca é um absurdo proclamar que o zouk pertence à música cabo-verdiana. Ou seja, não existe somente a música tradicional cabo-verdiana, mas também, a música moderna de Cabo Verde, sendo neste caso o zouk ou cabo-zouk.


sexta-feira, 27 de março de 2009

Música Tradicional


A Lura está de volta com um novo albúm de originais.

Nota-se com este "eclipse" que esta artísta está cada vez mais vincada à cultura cabo-verdiana. 

Nova revelação da musica cabo-verdiana, os C4!



Grupos de jovens cabo-verdianos revelação espreitam oportunidades


Grupo C4 foi fundado em Fevereiro de 2002 na ilha do Sal é a banda do momento em Cabo Verde. Os principais elementos vieram para Portugal para estudar, mas o percurso de sucesso continua. Já conseguiram pôr no mercado o primeiro trabalho discográfico intitulado “True Story”.Luís Carlos Évora, musico e estudante de Engenharia Mecânica na ESTA, tem esperança de conseguir oportunidades para mostrar a Portugal o valor do grupo.

P: Quem formou o grupo C4?
Luís Évora: O grupo C4 é um grupo de jovens cabo-verdianos que já existe há 6 anos, constituído por 7 elementos: Nelito, Jamie, o Delton, o Sandro, o Luís Carlos Évora (sou eu) e o Maurício. O grupo foi formado por mim, pelo Maurício e por um ex-elemento, o Luís Filipe.

P: Como é que surgiu esta ideia de formar o grupo?
L.E: Surgiu a partir das festas do fim de ano em que os jovens cantam de porta em porta em troca de alguns tostões e foi a partir daí, que surgiu a influência de tocar instrumentos de cordas. Passamos a tocar mais vezes e a aprender muito, descobrimos outros talentos e foi assim que conseguimos formar o nosso grupo. E foi com o mesmo espírito de sacrifício que conseguimos o nosso sonho que era por o nosso primeiro CD no mercado.

P: E como foi o vosso percurso para chegar onde chegaram?
L.E: Foi muito difícil principalmente por causa das condições financeiras, porque sempre sentimos falta de apoios. Por um lado, o nosso país em vias de desenvolvimento, sempre dá prioridade a outros investimentos. Por isso, travam a cultura mais moderna para poderem preservar aquilo que é mais tradicional e neste âmbito, não dão oportunidades aos novos talentos. Entretanto, já temos o nosso CD no mercado, mas foi lançado com muito trabalho e com muito sacrifício e com a ajuda de pouca gente, que confiaram em nós e acreditaram no nosso trabalho. Agradecemos a essas pessoas porque contribuíram com o empréstimo de um instrumento musical, salas de ensaio, ajudas que significaram muito para nós.

P: Mas porquê não foram apoiados?
L.E: Acho que isso tem mais a ver com o nosso estilo musical que a gente implantou e isso, infelizmente é como se fosse uma barreira, também pelo facto, de existirem poucas pessoas que gostam dum grupo de jovens com um outro estilo musical e por isso tudo, foi muito difícil lançar o nosso trabalho discográfico.
P: O porquê deste nome C4? O que significa C4?
L.E: Nós quando vamos ao palco muitas pessoas pensam que temos um guitarrista, um percussionista, duas vozes, um teclista, um baterista, que contabiliza 7 elementos. Todavia, as pessoas perguntam: mas porquê o nome C4? É interessante, mas C4 não tem nada que ver com essas suposições. C4 significa um explosivo potente que pode causar danos catastróficos e decidimos por este nome, porque também queríamos ter um nome único.

P: Quais são os géneros musicais que o vosso grupo privilegia?
L. E: Somos um grupo que nunca investiu num só género. Com as nossas composições e letras, fomos tentando adapta-los a um estilo diferente, por tanto, o nosso próprio estilo. Os géneros que privilegiamos são: Zouk, guetto-zouk, R&B, Zouk das Antilhas ou kizomba, Reggae music, Reggaeton e Ragga.

P: Inspiram-se nalguma banda ou artista para fazer a vossa música?
L.E: Qualquer grupo ou artista quando começam, tem como exemplo alguém ou banda musical que nos admira. Todavia, nós dentro dos C4 temos gostos diferentes, cada um gosta dum género musical diferente e apreciam os seus próprios artistas e por isso, tentamos adaptar os gostos de cada um. Por outro lado, acho que não temos um grupo ou artista de referência que nos inspiram para fazermos a nossa música, porque sempre quisemos criar o nosso próprio estilo musical. Porém, a música moderna nos influenciou, tanto a de Cabo Verde como a dos outros países. Fomos influenciados pelo alemão Gentleman que vive na Jamaica, pelo rei do guetto-zouk, o cabo-verdiano Nelson de Freitas, o Johnny Ramos, Craig Daivid, William e outros.

P: A vossa música pretende transmitir o quê? Que mensagens?
L. E: O nosso objectivo é precisamente transmitir boas mensagens para os jovens. Todavia, 70% da nossa música são mensagens de amor, também transmitimos algo sobre os bons valores da sociedade, algo sobre a nossa vida boémia, festas, partidas e a saudade e mensagens sobre a droga e outros problemas da juventude. No entanto, tentamos sempre transmitir mensagens duma forma divertida e engraçada.

P: Tem tido muito sucesso em Cabo Verde com a vossa música e em Portugal?
L.E: Não, aqui em Portugal ainda não conseguimos. Estamos aqui a estudar, os elementos do grupo estão separados uns dos outros, eu em Abrantes, outros em Viana de Castelo e Lisboa, por isso, não temos tempo para ensaiar e é difícil assim. A nossa música não foi aqui divulgada porque as nossas músicas são cantadas em crioulo e não em português, mas porém, temos ainda esperança que apareçam oportunidades e concertos para podermos divulgar a nossa música. Outra condicionante é o facto do nosso CD ainda não estar nas lojas de música dos PALOP aqui em Portugal.

P: Já foram convidados a participar nalgum espectáculo ou evento cultural aqui em Portugal? Como foi?L.E: Já sim. Fomos convidados para tocar em Tomar, em Leiria, Covilhã, Bragança e também já fomos convidados para tocar com um artista em Lisboa, o cabo-verdiano Gilson Gee. Mas em Bragança, fomos convidados a participar numa festa cultural 2 anos seguidos e nas outras cidades tocamos em salões de música. Os nossos espectáculos foram muito agradáveis para nós e sent

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cabo Verde

Este video do cantor Gilyto radicado em Portugal intitulado de "Nos terra morabeza" espelha amor, saudade, admiração e muito carinho que todos os cabo-verdianos sentem pela sua terra natal.
Aprecie as imagens e a "morabeza" de alguns cantos da ilha de Santiago, Cabo Verde que este video clip lhe proporciona.